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sob uma belíssima tenda negra do beduíno sem tribo, nasci. Vaguei por desertos e mares, vivendo de pilhagens em nações com Estado e da hospitalidade de povos sem pátria. Daí insurgi contra todas as imagens miseráveis da condição humana. Este é meu diário de bordo.

terça-feira, 10 de março de 2009

o maior aparelho ideológico de estado

há muito transformei a política em uma epifania. não aquela miséria que medíocres fazem dentro de gabinetes ou estabelecem como programas partidários. sim uma polítiva da abundância.

como as realizadas por:
dr. stockmann - personagem da peça escrita em 1882 por henrik ibsen: "sim, mais uma! ouçam com atenção o que vou lhes dizer: o homem mais poderoso que há no mundo é o que está mais só." ou;
pirata bellamy que pilhava nos mares das antilhas no início do século xix: "quanto a mim, sou um príncipe livre e tenho tanta autoridade para fazer a guerra ao mundo inteiro como se tivesse cem barcos no marou cem il homens em campanha, é o que me diz a minha consciência."

ou como as realizadas por:
guarocuya, cacique na ilha española por meados de 1505, organizador da primeira guerrilha indígena organizada. familiarizou-se com a cultura ocidental para perpetrar sua vingaça. jamais abatido em luta, morreu em paz e triunfante;
ou mesmo, karim ibn ali saifudin, cujo apelido era o de capitão mouro, que se juntou a zumbi na resistência à destruição da república independente de palmares.

a vida não reprimida é minha política. assim me é revelado o talento e a felicidade de um poder autoinstituído.

porra! o estado não é senhor absoluto da sociedade! mesmo que ele tenha invadido todos os lugares. permaneço com minhas paixões e vontades intactas. revolucionei meus interesses. de saco cheio dos mitos da luta de classe, da greve geral, da liberdade ser aquela que respeita a liberdade do outro ou a da liberdade nada tem aver com libertinagem, ou ainda do mito de que o povo é uma coletividade essencialmente indivisa.

porque pedir demisão da própria soberania? onde está hoje em dia o povo? o que acontece entre as diferentes classaes da sociedade? que idéias germinam e proliferam na opinião pública? qual é o sonho das massas, ou se quizer, das multidões? porque se escolhe a autoridade ao invés da liberdade? porque o estado democrático de direito - ou diríamos melhor, de direita - é o agente intermediário entre as questões terrenas e o paradisíaco?

as respostas as tais perguntas abriram minha mente, como fazem os mais deliciosos psicotrópicos:

o povo se tornou mais um aparelho ideológico de estado!

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