- suluque ibn as-sabil
- sob uma belíssima tenda negra do beduíno sem tribo, nasci. Vaguei por desertos e mares, vivendo de pilhagens em nações com Estado e da hospitalidade de povos sem pátria. Daí insurgi contra todas as imagens miseráveis da condição humana. Este é meu diário de bordo.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
que seja pelo que faço (الإجراءات)
- "o grupo tortura nunca Mais/RJ foi condenado a reparar, a título de danos morais, os policiais federais roberto jaureguiber prel júnior, luiz oswaldo vargas de aguiar, luiz amado machado e anísio pereira dos santos. o processo encontra-se em fase de execução de sentença".
- advogada índia diz que 21 lideranças indígenas foram assassinadas em 30 anos.
- policia civil indicia a federação anarquista gaúcha por difamação contra yeda crusius.
- grampos contra mst.
- "bolsa guerrilha".
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
meu absurdo (السخف): não tem jeito d'eu não ser livre
sendo o ethos facista concreto, o ethos livre é tornado etéreo, além da realidade, metafísico e utópico. o ethos livre (الموسوعة الروح) lhe é tão perigoso, proporcionalmente ao arriscar-se livre. a escolha por insurgir (المتمرد) contra a ordenação social vigente é prova pelo absurdo que o concreto só existe enquanto acosso (التحرش) e humilhação (الإذلال). a absurdidade (سخف) que é viver sem medo, sem culpa ou sem nenhuma vergonha. a absurdidade de não ter alma (روح) para ser disputada por demônios e divindades mesquinhas. a absudidade de existir alegremente enquanto entidade biológica finita (الكيان البيولوجي محدود) que nada tem de especial frente à natureza. absurdidade que jamais vê algo de essencial (ضروري) no estabeleciemento social de normas e condutas.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
o nazismo espontâneo (النازية عفوية) das massas
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009
nova e velha idade (الجديد والشيخوخة)
claro que estes cinco anos, de espaço de tempo, são flexíveis, porém o que me importa é: toda uma vida que poderia ser realizada a partir da exuberância (الوفرة), passa a ser organizada a partir da miséria (البؤس). só de pensar me dá arrepios. a humanidade firmando acordo com tudo o que é valorizado pelos paladinos do estado militar e burocratizado e pelos paladinos da hierarquia empresarial e do status de três ou quatro profissões que lhes são cruciais. a vida centrada na cautela (الحذر), na ordem (ترتيب) e no progresso (التقدم). delicados olhos ofuscados pelo intenso brilho do alívio institucional público, privado e do costume (مخصص).
casamento, educação dos filhos, carreira profissional, impostos, prestações, horas de lazer: os leitos enfermos da vida (مريض سرير في الحياة). momentos felizes regidos, ou por representações imaginadas por publicitários e formadores de opinião, ou lançados por ilusionistas religiosos para um além mundo. toda exuberante vaidade (الغرور مندفعا) e orgulho (فخر ) da juventude, de ser e parecer mais do que se é, trocada pela ninharia (تافه) da prudência, da ilusão de segurança, da idéia de conforto, da preguiça e do realismo enquanto conformismo (الانسياق) ou niilismo contemplativo (العدمية التأملية).
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009
claudia gadelha e o feminismo definitivo
já tá bom de generalidades (عامة). vamos a algo mais específico (محددة). a relação de poder entre homens e mulheres, em toda sua exuberância de masculinos e femininos - um genital (الأعضاء التناسلية) é um parte muito reduzida para entendermos essa belíssima multiplicidade (تعدد). vamos lá. mas, deixe eu colocar apenas um lembrete (تذكير): a consequência psíquica (نتيجة النفسية), refletida no papel e na representação social em ser mulher, do sofrer a violência masculina à milênios, jamais pode ser considerada como essência feminina (المؤنث)! é um vício (إدمان) vê-las e tratá-las como, passivas, introvertidas, fracas, receptivas, emotivas, vingativas, etc. feito esse alerta contra a ignorância e o vício milenar, sigamos.
nesta semana, uma amiga de buteco me perguntou o que eu achava da claudia gadelha - cujo apelido nos ringues de vale-tudo (خاتم) é claudinha. no momento eu respondi à ela que não sabia quem seria tal mulher. mas que assim que eu a conhecesse melhor eu responderia sua pergunta. dito e feito. o youtube me foi indispensável. depois de vê-la maravilhosa nos campeonatos de luta (قتال) e no programa pânico na tv, ela me abriu a mente! sem sombra de dúvidas, claudinha representa a maior expressão do feminismo definitivo (النسوية النهائي). sensacional mulher realizadora irreversível da grande política da vida qu'eu disse logo acima. com seus golpes (الضرب) ela disse mais sobre a igualdade de gênero (المساواة بين الجنسين) do que qualquer texto feminista jamais conseguiu alcançar - um corpo é, ao mesmo tempo, sensualidade e máquina de guerra de guerrilha.
certa vez uma outra amiga me contou uma história que significava o fim da violência contra a mulher. dizia o seguinte: imaginemos um beco semi-escuro às 3 da madrugada; neste estaria uma mulher prestes à cruzar com um homem pelo seu caminho; no exato momento à ambos ocorreria uma sensação - a violência de gênero não faria mais sentido se o homem não ficasse tentado em fazer algo que a mulher não quizesse, e esta, não se sentisse ameaçada por apenas cruzar seu caminho com ele. assim, se claudia gadelha se tornar exemplar, os machos terão que achar outro modo de como atravessar esse caminho do beco, pois nele o rei está nú! e com o rabinho entre as pernas (الملك عار من ملابسه! ومع ذيله بين ساقيه).
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domingo, 27 de setembro de 2009
não sou um, sou uma legião!
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
anacional neo-paleolista
ao ficar parado muito tempo é inevitável o nascimento do que podemos batizar de "estado de merda" (كلام فارغ). aí ferrou tudo. por exemplo, ontem alguns estados tentaram nos enganar queimando um fósforo e borrifando um pouco de aerosol perfumado. disseram que, podíamos nos acomodar, pois aromatizado de comunismo (الشيوعية), a felicidade seria garantida. sim, muita gente sentou e esperou. resultado! tal promessa faliu com retumbantes desgraças! paralelo à essa falência, outros estados tentaram esconder sua merdessência com a fragrância chamada capitalismo (الرأسمالية). o poder desse odor era o de pegar todos os que seguiam adiante e transformá-los em consumidores (المستهلكين) obesos e supremos do máximo possível de mercadorias (السلع). esses assim prometeram a felicidade. resultado! outro sistema incapaz de cumprir suas promessas. mais retumbantes desgraças...
novamente no planalto central do brasil, pergunto: amigos e amigas caminhantes (مشوا), e agora? para onde ir? ah, antes que tentem me responder, gostaria de ouvir algo diferente do que é falado em ladainha (ابتهال) pelos sedentários e sedentárias que ainda têm esperanças (أمل). seria maravilhoso que não houvesse na tentativa o seguinte repuguinante meio-termo: "deve haver um lugar onde esteja em perfeita harmonia a liberdade e o conforto". vos alerto! ou se é turista (السياحة) ou se viaja à vontade (التائه). pois é triste que a tragédia e a aposta possam se tornar um melodrama (ميلودراما) de quinta categoria cujo tema é, ora uma juventude cuja liberdade é paga pelos pais, ora uma terceira idade que pode pagar pela própria liberdade mas seu corpo e espírito já não lhes ajudam mais.
paro agora de escrever um pouco. ao tempo de terminar meu narguilê (الشيشة) e minha dose de chá preto com rum (الروم). enquanto isso pensem na possibilidade de responderem à minha pergunta...
...
ah, não aguento esperar. antes de eu ir, me desprezem, pois eu mesmo me responderei: sem raízes me qualifico de anacional (عديمي الجنسية)! e sem ismos me auto-intitulo neo-paleolista (تعود إلى العصر الحجري الجديد)! se eu voltar dessa, eu lhes conto como foi.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
O que fazer com tanta saúde?
como pode cientistas se (con)fundirem com os ideais cristãos. como alguém da ciência (العلم) pode ter a visão centrada na filosofia medieval cristã? pode ser que, por ignorância histórica, tenham se esquecido de sua herança das cruzadas (عبر), ou da igreja estruturada como poder, mas naturalizar, ou biologizar uma trama arbitrária entre investigações científicas, a indústria farmacêutica, o status dos profissionais implicados, a política sanitarista, a cultura clínica do cotidiano e a sensibilidade dos pacientes, é colocar em xeque (كش ملك) o bem estar de qualquer animal bípede da ordem dos primatas pertencente à subespécie homo sapiens sapiens.
fui até lá pois minha questão (السؤال) é simples: o que fazer com tanta saúde (صحة)? e só exigência uma coisa: que a resposta, pensada em sua forma negativa, não me sirva para responder a questão, o que fazer com tantos transtornos físicos e mentais? pois são questões completamente diferentes. simples! queria apenas entender essa cultura cuja felicidade é associada ao desejo de imobilidade (الملكية), eternidade (الأبدية) e imortalidade (الخالد). e mais, por que a organização mundial da saúde (oms) está tão empenhada nisso?
pois bem, criaram a saúde em si! tão grandiosa e poderosa frente à nossa carne, ao nosso sangue e ossos. sim, somos frágeis e falíveis, por isso devemos negar os atributos e prazeres da carne e dos sentidos? não podemos desfrutar sua plenitude efêmera? devemos ter uma vida inteira de privações, como a bulimia e a anorexia, ou viver fazendo dietas, ou paranóicos com vigorexia? daí inventaram uma coisa chamada auto-estima, depois biologizaram nossas frustrações e nos condenaram ao auto-diagnóstico da depressão e de seus remédios tarja preta. depois elaboraram uma espécie de utopia da carne: viver em micro-circuitos fechados, limitando ao máximo nossas trocas ao mínimo estrito da santidade - o homem obtém um escasso prazer, e a mulher, nenhum.
triste constatação: quem não é capaz de desfrutar de todos os artifícios dos prazeres dos sentidos e dos estímulos da carne, e não o faz por qualquer racionalidade ou fé, é um tirano que tornou a saúde, não uma virtude da exuberância, mas sim o pior dos vícios da miséria.
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terça-feira, 18 de agosto de 2009
nem o conhecimento, nem a ignorância é causa da felicidade
rindo, posso afirmar que a felicidade é na prática uma aposta. o feliz fugidio, ou o antisábio gozador- não o ignorante (جاهل) voluntário ou não! - aposta a felicidade gozada enquanto eternidade contra a importância pela qual o bem estar diário, ou de alguma outra fração de tempo, será gozado efemeramente no tempo. ao longo de uma maior parte do tempo, o feliz "perde" a aposta. ou seja, não goza da felicidade eterna. mas, se gozar efemeramente em qualquer que seja o momento, ele "ganha". as probabilidades contrárias ao bem estar diário tornam-se matematicamente maiores do que as da felicidade gozada enquanto eternidade. se o contrário ocorresse na prática, as idéias fixas - religiosa, filosófica, ideológica, científica - de felicidade eterna existiriam. portanto, de acordo com a expectativa cega, ou da abdicação do efêmero, ou da falta de uma política básica de apostas, gozar efemeramente no tempo não é viável. mas o antisábio gozador- não o ignorante voluntário ou não! -, ou o feliz fugidio, nos diz o contrário.
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009
'zina', o poeta de uma só palavra
em que pé anda a arte? senti, ao assistir o programa referido, uma enorme felicidade. nele vi que a experiência artística morreu antes da religião. queima-se, com isso, uma importante etapa no processo de insurreição contra as misérias do espírito: a arte, ou a experiência artística, foi despojada de qualquer caráter de necessidade em termos de processo vital. morreu. deixou de ser uma irrupção no real. parou "de deixar a vida mais leve". se sua morte foi causada por acidente, doença, infecção ou velhice adiantada... não importa! não há nem mesmo o assombro pela sua falta - nem foi repentina. nem a ilusão de que a morte não ocorreu foi necessária. 'zina' o ilustre arauto, supressor do luto, chamado de 'o poeta de uma só palavra'. para quê mais? uma única palavra dita e jaz! o fantástico, o incerto, o sentido para o simbólico, o místico, o extremo, a crença no milagre de alguma genialidade, foram todos varridos da história! sem ocultamento, vergonha, raiva ou temor. fundamental como salto evolutivo. 'zina', com uma única flecha acertou em cheio o coração de ânsias da arte. e assim nos acorda do grande erro que é imaginarmos que havia muita felicidade ligada tanto à experiência artística, quanto à vaidade em ser artista.
enquanto isso... para além da descrença na inspiração, do desprezo por qualquer sofrimento que algum gênio já sofreu e, para além do crepúsculo da experiência artística, anunciadas por 'zina', deus ainda se estrebucha nos pedidos, promessas e mandingas feitas por todos torcedores e torcedoras para seus times. seres cristãos, suficientemente macumbeiros, pagãos e materialistas radicais, ao mesmo tempo!, viventes dessa experiência intemediária de queima de etapas. mesmo tendo realizado tamanha insurreição, ainda os rondam o perigo dos manicômios, das prisões e dos conventos.
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sábado, 25 de julho de 2009
não! a todo choro fúnebre do livre pensar!
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Marcadores: comunidade carcerária, ilegalista, impensável no poder
quinta-feira, 16 de julho de 2009
o insuportável enfrentamento comigo
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Marcadores: comunidade carcerária
domingo, 21 de junho de 2009
sacrifícios humanos
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Marcadores: aparelhos ideológicos de estado
terça-feira, 16 de junho de 2009
por um exuberante neo-cangaço
"não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.
é preciso ter a coragem de dizer. ´
é preciso ter a coragem de dizer."
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Marcadores: ak-47