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sob uma belíssima tenda negra do beduíno sem tribo, nasci. Vaguei por desertos e mares, vivendo de pilhagens em nações com Estado e da hospitalidade de povos sem pátria. Daí insurgi contra todas as imagens miseráveis da condição humana. Este é meu diário de bordo.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

claudia gadelha e o feminismo definitivo

a grande política da vida (السياسة حياة عظيمة) se resume numa idéia simples: poder (يستطيع) - possibilidade e potência do fazer; a realização positiva em uma luta, em um jogo e em um debate. sua versão perversa é o poder sobre o corpo alheio - por reduzir todos os conflitos a apenas a aniquilação e ao sujeitamento do/a 'adversário/a'. qualquer dominação (الهيمنة) tem aí seu fundamento último: país e mães educando filhos e filhas na porrada e em castigos; maridos espancando suas esposas; a polícia batendo em alguém para fazer durar o estado; o conselho de segurança da onu; o exército nas fronteiras; invenções de infernos (الجحيم) [almas sentindo as mesmas dores do corpo]; etc. daí a única igualdade possível é a igual potência da aniquilação entre pessoas. simples como a cadeia alimentar (السلسلة الغذائية). caso contrário, porque tanto esforço e investimento financeiro (orçamentos exorbitantes em pesquisas e desenvolvimento de armamento) e moral (refinamento de técnicas de tortura e assédio) para que alguém tenha o monopólio da violência (احتكار العنف)?

já tá bom de generalidades (عامة). vamos a algo mais específico (محددة). a relação de poder entre homens e mulheres, em toda sua exuberância de masculinos e femininos - um genital (الأعضاء التناسلية) é um parte muito reduzida para entendermos essa belíssima multiplicidade (تعدد). vamos lá. mas, deixe eu colocar apenas um lembrete (تذكير): a consequência psíquica (نتيجة النفسية), refletida no papel e na representação social em ser mulher, do sofrer a violência masculina à milênios, jamais pode ser considerada como essência feminina (المؤنث)! é um vício (إدمان) vê-las e tratá-las como, passivas, introvertidas, fracas, receptivas, emotivas, vingativas, etc. feito esse alerta contra a ignorância e o vício milenar, sigamos.

nesta semana, uma amiga de buteco me perguntou o que eu achava da claudia gadelha - cujo apelido nos ringues de vale-tudo (خاتم) é claudinha. no momento eu respondi à ela que não sabia quem seria tal mulher. mas que assim que eu a conhecesse melhor eu responderia sua pergunta. dito e feito. o youtube me foi indispensável. depois de vê-la maravilhosa nos campeonatos de luta (قتال) e no programa pânico na tv, ela me abriu a mente! sem sombra de dúvidas, claudinha representa a maior expressão do feminismo definitivo (النسوية النهائي). sensacional mulher realizadora irreversível da grande política da vida qu'eu disse logo acima. com seus golpes (الضرب) ela disse mais sobre a igualdade de gênero (المساواة بين الجنسين) do que qualquer texto feminista jamais conseguiu alcançar - um corpo é, ao mesmo tempo, sensualidade e máquina de guerra de guerrilha.

certa vez uma outra amiga me contou uma história que significava o fim da violência contra a mulher. dizia o seguinte: imaginemos um beco semi-escuro às 3 da madrugada; neste estaria uma mulher prestes à cruzar com um homem pelo seu caminho; no exato momento à ambos ocorreria uma sensação - a violência de gênero não faria mais sentido se o homem não ficasse tentado em fazer algo que a mulher não quizesse, e esta, não se sentisse ameaçada por apenas cruzar seu caminho com ele. assim, se claudia gadelha se tornar exemplar, os machos terão que achar outro modo de como atravessar esse caminho do beco, pois nele o rei está nú! e com o rabinho entre as pernas (الملك عار من ملابسه! ومع ذيله بين ساقيه).

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