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sob uma belíssima tenda negra do beduíno sem tribo, nasci. Vaguei por desertos e mares, vivendo de pilhagens em nações com Estado e da hospitalidade de povos sem pátria. Daí insurgi contra todas as imagens miseráveis da condição humana. Este é meu diário de bordo.

sábado, 25 de julho de 2009

não! a todo choro fúnebre do livre pensar!

confesso que me incomodava muito ver as idéias anarquistas tornarem-se choros fúnebres do livre pensar. pois, de onde vim, os mitos de mobilização coletiva não interropiam o movimento inercial das metafísicas dos hábitos. no máximo se abriam às certas noções convenientes. quantas perturbações revolucionárias a extrema direita nacionalista, a extrema esquerda pseudo-revolucionária, fascistas, terroristas de estado, e totalitários de todas as estirpes não apropriaram? ao conhecer alguns atos ocidentais anarquistas - principalmente a dos ilegalistas - vi neles a explosão do ideal de mediocridade conservadora. estes sim poderiam levar à ruina todas as instituições de que vivem a mediocridade covarde dos ativistas do capital, dos estados e das religiões. pórém, não me incomoda mais. nada criado antes de mim, me é direção e sentido para minha autorealização. ah! não penso aqui em auto-suficiência. penso apenas em me recolocar na pura duração das coisas.

pensamento em ato! nada tem à ver com fatos consumados, nem com representações aceitas antes das ações. não ser confundido com intelectual. pois não tenho as supertições de livros! me alio a certos atos criminosos que podem se tornar meritórios e até heróicos. falo exatamente dos meios democráticos que a democracia adoraria controlar: o descentro, a relatividade e a desterritorialidade. me alio a toda política social não baseada na covardia daqueles que realizam sua existência no entreter-se. a questão fundamental não é mais entre 'ser' e 'ter', é sim não deixar que 'ser' seja 'entreter'. talvez pior! que 'estar' não seja 'descansar'!

usando termos ocidentais posso afirmar que, antigamente a autonomia do proletariado era vista e temida. tudo que daí provinha era criminalizado. porém, o proletário se acomodou na organização do trabalho realizada pelo capitalismo. burguezou-se progressivamente ao longo de um século. onde parlamentares socialistas venderam a tranquilidade aos conservadores, uniram-se à igreja e aos moralistas, e se deliciaram em manobras pacificadoras na criação legislativa da paz social. e agora, o que resta em nossos espíritos? que ilegitimidade ainda é vista e temida? darei um único exemplo! a autonomia da comunidade carcerária e suas forças externas que criam pensamentos impossíveis de facilitar algo aos críticos e aos pensadores institucionalizados.

este mês todo tentaram nos empurrar goela abaixo que seria um absurdo traficantes do rio de janeiro terem suas próprias estufas de plantio de maconha, centrais telefônicas, oficinas de armas e até suas próprias enfermarias. criminalizar profissionais da saúde por associação ao tráfico? façamos o seguinte! nós os que não produzem estados, religiões, ou qualquer forma de escravidão! é crime a associação aos donos da galinha dos ovos de ouro! empresas, voluntariado, estudantes, profissionais liberais, ongs, funcionários públicos, beatarias, enfim todos e todas que covardemente se encondem por baixo de considerações morais, literárias e sociológicas do estado policialesco de merda, são criminosos! assim, diz a minha livre justiça autônoma!

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