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sob uma belíssima tenda negra do beduíno sem tribo, nasci. Vaguei por desertos e mares, vivendo de pilhagens em nações com Estado e da hospitalidade de povos sem pátria. Daí insurgi contra todas as imagens miseráveis da condição humana. Este é meu diário de bordo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

o insuportável enfrentamento comigo

adoro tudo que não possui um significado mítico! nada saber a respeito de atividades "divinas". não sentir falta alguma de modelos exemplares. tudo dessacralizado e pronto. só assim surge meu amor. porém este não está melhor situado que a mais ínfima sensação. daí danço, sem imitar gestos de seres sobre-humanos nem comemorar momentos ancestrais. caminhar por aí sem que um ancestral, um deus, um animal totêmico ou um herói me seja mágico, terapêutico ou farmacêutico. passar o tempo sem referenciá-lo a algum momento cósmico decisivo. nenhuma redenção. nenhuma arte divina, beatitude ou eudaimonias. adoro que qualquer de meus atos não tenha revelação ab origine. zero exemplo ad infinitum. abolição da realeza da realidade. pois é, somente quando se passa alguns dias preso, em uma cadeia suja, e se conhece outros detentos, vê-se que a família, educadores e educadoras ofendem mais nossa inteligência do que qualquer criminoso.

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