Minha foto
sob uma belíssima tenda negra do beduíno sem tribo, nasci. Vaguei por desertos e mares, vivendo de pilhagens em nações com Estado e da hospitalidade de povos sem pátria. Daí insurgi contra todas as imagens miseráveis da condição humana. Este é meu diário de bordo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

nos embalos (التهويدات) da bossa nova

não há coisa melhor do que se perder em uma cidade estranha (الأجنبية). mas se perder mesmo: perdição (الجحيم). passando pelo rio de janeiro, me apresentaram o que me disseram ser o melhor da música popular brasileira. algo refinado (المكرر). me fizeram ouvir bossa nova.  tive a seguinte impressão:

décadas de 1950 e 1960, rio de janeiro, um grupo de pessoas negras (سليل), em volta de alguma mesa de buteco na favela (الأحياء الفقيرة) onde moravam, alguns copos com cerveja barata, um violão gasto pelo tempo e um tamborete de couro (خزفية): ah! impossível ficar parado. a música entra pelos poros, atinge a corrente sanguínea, vai até o coração e solta seu quadril.

acho que, por algum tipo de inveja (الحسد) não dita (المخفي), na mesma cidade, e nas mesmas décadas, um grupo de pessoas brancas (البيض) da classe média (المتوسطة), em volta de alguma mesa de bar em copacabana, bebericando uisque do bom, e com um violão novinho em folha: ah, uma música para quem sofre de insônia (الأرق). ah, que cochilo (قيلولة) gostoso. enfim, pude dormir já nos primeiros acordes. recarregar minhas baterias para voltar aos butecos da favela.

1 Comentário:

Anônimo disse...

Ola camarada!
Nada melhor que està em um boteco em Copacabana, mas outra Copacabana - a boliviana! Assim podemos ver o grande e sagrado Lago Titikaka e olhar o pôr do sol na isla do Sol, aonde os aimaras faziam os seus rituais para sacrificio de belas virgens...Nos perderemos sim nessas cidades do mundo, porque sò entende um nomade quem è tambèm nomade! Viva Tawantisuyu! Viva o Imperio inca! Abaixo os algozes tiranos de Pizarro â Obama!

Postar um comentário

IP

  ©Template Blogger Elegance by Dicas Blogger.

TOPO